APRESENTAÇÃO UDA DE PSIQUIATRIA





UDA de Psiquiatria do HUPE-FCM/UERJ



Chefe: Prof. Paulo Roberto Chaves Pavão


"Todo usuário de Saúde Mental tem direito à liberdade, dignidade, ser tratado e ouvido como pessoa humana com direitos civis, políticos e sociais como qualquer cidadão."



(Carta dos Direitos do Usuário do Serviço de Saúde Mental, Santos/SP, 09/12/1993)




A Unidade Docente-Assistencial de Psiquiatria, criada na década de 60, é uma das unidades do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) que desenvolve atividades de assistência, ensino e pesquisa através de equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e alunos da pós-graduação em extensão, especialização e residência de psiquiatria, psicologia, enfermagem e serviço social. A UDA de Psiquiatria conta com três espaços de atendimento: o Ambulatório, a Enfermaria e o Centro de Convivência onde trabalham psiquiatras, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais.


Ambulatório: é a "porta de entrada" da UDA de Psiquiatria, pois o primeiro contato do usuário é feito neste ambiente, podendo ser via sala de acolhida, recepção integrada ou plantão médico. Num segundo momento, o tratamento tem sequência nas consultas ambulatoriais prestadas por psiquiatras e profissionais dos setores de Enfermagem, Serviço Social, Psicoterapia, Psicoterapia de Família, Psicodiagnóstico Diferencial, Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Grupo de Idosos, Grupo de Familiares e Sala de Espera, Sala de Acolhida, Projeto de Extensão em Alcoologia, Programa Espaço Servidor da UERJ. O Ambulátório funciona no horário de 08h00 as 17h00, de 2ª a 6ª feira.


Enfermaria: destinada a periodos de curta internação, normalmente quatro semanas. A internação é feita através de solicitação do Ambulatório ou de encaminhamento de outras especialidades, que são avaliados por uma equipe multidisciplinar de internação composta por médico, enfermeiro e assistente social. Na Enfermaria, o usuário participa de oficinas, festas comemorativas, atividade de grupo e passeios terapêuticos realizados no Espaço de Atividades e Convivência Nise da Silveira (EACNS). A presença dos familiares também é imprescindível na recuperação dos seus entes e para isso são reservados os espaços de visita e do grupo para familiares. Visitas diariamente das 14h00 às 16h00. Aproveite esse espaço para intensificar o apoio ao amigo internado, ele precisa de sua solidariedade. O usuário internado poderá ter licença para passar o fim de semana em casa, essa possibilidade é discutida entre os profissionais que o acompanham, o próprio usuário e os seus familiares. Objetos necessários ao usuário durante sua internação: vestes próprias que devem ser trocadas periodicamente; cartão telefônico para facilitar o contato entre o usuário e seus amigos e/ou familiares; objeto de uso pessoal (escova de dentes, de cabelo, pasta de dente, sabonete, xampu, desodorante entre outros); copos e talheres de plástico. Não traga para usuário objetos cortantes; medicamentos que não tenham sido solicitados; alimentos sem consulta prévia à nutricionista ou ao médico assistente e objetos de valor.



ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO AMBULATÓRIO


Programa Sala de Acolhida
Coordenação: Prof. Luiz Augusto Brites Villano

É preciso passar por uma avaliação para ser admitido para tratamento no ambulatório da UDA de Psiquiatria. Essa avaliação não é uma consulta médica, nem o início do tratamento - é uma entrevista com uma equipe do Ambulatório da UDA de Psiquiatria. Nessa equipe, chamada Equipe da Sala de Acolhida, normalmente, existe um médico psiquiatra e uma assistente social, ou um psicólogo ou um enfermeiro.

Na entrevista, a pessoa deve falar por que está procurando o Ambulatório de Psiquiatria. O objetivo desta conversa é saber se o problema que a pessoa apresentou precisa de um acompanhamento psiquiátrico ou se é melhor encaminhar para outro setor ou programa e qual a melhor forma de tratamento. Um familiar ou amigo pode participar.

Após a avaliação, a pessoa poderá ser acompanhada no Ambulatório de Psiquiatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) ou ter outro tipo de encaminhamento.

Para ser atendido na Sala de Acolhida é preciso marcar previamente. Essa marcação é feitas às quintas-feiras, conforme ordem de chegada, podendo vir o próprio interessado ou um familiar. É preciso chegar antes das 08h00, pois as marcações são feitas para toda a semana e são limitadas.



Programa de Extensão em Alcoologia
Coordenação: Prof. Osvaldo Luiz Saide

O PROEXA é um Programa de Extensão Universitária desenvolvido pela UDA de Psiquiatria que tem como objetivo desenvolver pesquisa e ensino sobre problemas relacionados ao abuso ou dependência de bebidas alcóolicas, mais conhecido como alcoolismo.

Pessoas com problemas com álcool e/ou seus familiares podem procurar o PROEXA para atendimento conforme dias e horários oferecidos. Todos os dados são mantidos em sigilo e o tratamento é ambulatorial e gratuito, contando com uma equipe de médicos, enfermeiros, psicólogos e conselheiros que atuam de forma integrada.

São atendidos homens e mulheres, maiores de 18 anos, que tenham problemas somente com bebidas alcoólicas.

O PROEXA funciona em dois locais ligados ao complexo hospitalar da UERJ:

1. Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE):
No Ambulatório da UDA de Psiquiatria, 2ª e 4ª feira, de 08h30 às 12h00;

2. Policlínica Piquet Carneiro (PPC), no subsolo, 2ª feira de 13h00 as 17h00 (Necessita de encaminhamento de outra especialidade da PCC).

Você pode levar um parente, um amigo ou ir você mesmo para fazer uma avaliação
no Programa de Alcoologia.


Setor de Serviço Social
Coordenação: Assistente Social Tânia de Oliveira




O Serviço social, respaldando-se na perspectiva histórico-dialética derivada da tradição marxista, volta-se particularmente para o atendimento à população que sofre diretamente as consequências da questão social, comprometendo-se eticamente com os grupos sociais desprivilegiados da sociedade. Desenvolve projetos em equipe multidisciplinar de caráter educativo, reflexivo, individual e grupal que possibilite:






  • Trabalhar aspectos relativos ao sofrimento psíquico e os rebatimentos na sua vida individual e coletiva - questões relacionadas ao trabalho, à convivência familiar, comunitária, questões institucionais, culturais, religiosas, condições sociais, dentre outras;






  • Atuar em atividades de recepção da clientela, de caráter interdisciplinar, viabilizando atendimento mais integral, corroborando o compromisso ético com a democratização do espaço institucional;






  • Desenvolver trabalhos institucionais que tragam à tona o debate sobre a cidadania do usuário psiquátrico no sentido de fortalecimento da população usuária no interior da instituição, na garantia do acesso igualitário e na socialização dos diversos recursos institucionais e comunitários;






  • Formentar a articulação com os movimentos sociais e toda a forma de organização popular, entendendo que é através da participação popular que se constrói alternativas para uma sociedade mais justa;






  • Acompanhar os usuários e familiares numa perspectiva de reflexão crítica, ampliando espaços de luta pela garantia de seus direitos sociais, identificando e trabalhando seus potenciais, articulando-se com a rede de saúde mental;






  • Realizar levantamento de recursos individuais e coletivos, que possam fortalecer os usuários no enfretamento da questão social, acionando sua rede de suporte: familiares, institucionais, profissionais;






  • Desenvolver projetos de pesquisa, como instrumento de avaliação institucional da assistência prestada e demandas da população usuária;






  • Desenvolver atividades de ensino com estagiários e residentes de serviço social, contribuindo na formação e treinamento profissional, revitalizando o espaço institucional.




Assim, o serviço social desenvolve o seu processo de trabalho, a partir da visão de totalidade das questões sociais, exercitando cotidianamente o trabalho interdisciplinar, possibilitando a interlocução de referenciais teórico-práticos. E ao trabalhar primordialmente na perspectiva do direito social, engaja-se na luta por uma assistência integral e de qualidade, contra os estigmas acerca da loucura, pela garantia de cidadania do usuário de saúde mental.




O Serviço Social do Ambulatório da UDA de Psiquiatria organiza sua prática a partir do desenvolvimento de um conjunto de projetos de intervenção, a saber: Plantão Social, Projeto de Acompanhamento Social a Usuários e Familiares, Projeto Sala de Acolhida (dispositivo de recepção multidisciplinar), Projeto de Levantamento e Captação de Recursos.

O Serviço funciona de 2ª a 6ª de 8h00 as 17h00 e o atendimento ocorre na sala do Serviço Social situada no ambulatório da UDA de Psiquiatria. No Serviço Social atuam um assistente social, um residente de Serviço Social, um estagiário de Serviço Social e um treinando profissional.

O Serviço Social não estabelece número de marcação por turno. O atendimento ocorre a partir da dinâmica de funcionamento do ambulatório e da lógica do modelo de assistência dos projetos de intervenção em desenvolvimento. Em linhas gerais, o serviço se organiza do seguinte modo:








  1. procura-se assegurar o acolhimento e escuta regular no Plantão Social;




  2. atenda-se os usuários em acompanhamento social segundo a necessidade do caso, podendo ocorrer atendimentos com periodicidade semanal, quinzenal, mensal.




Registre-se ainda que a prestação do cuidado e assistência profissional pode ocorrer tanto no âmbito do ambulatório da UDA de psiquiatria do HUPE, como no contexto doméstico e/ou em outra instituição relacionada à demanda do usuário.

A marcação de novos usuários não segue uma periodicidade organizacional, ela associa-se à demanda apresentada, à necessidade observada pelo técnico e explicitada pela população usuária. Não há estabelecimento de triagem para o Serviço Social do ambulatório da UDA de psiquiatria. São atendidos tanto usuários do HUPE como do SUS, os quais não possuem prontuário no hospital.

O Serviço Social no âmbito da saúde mental trabalha numa perspectiva de ambulatório ampliado, ou seja, sua prática não se restringe ao contexto institucional da UDA de Psiquiatria. A atuação profissional necessariamente se estabelece além muro do HUPE, ocorrendo no âmbito do território no qual o portador de sofrimento psíquico estabelece suas relações afetivas, de trabalho, moradia, etc. Trata-se de uma prática que exige o diálogo com serviços e instituições dentro e fora do HUPE/UERJ, ou seja, que requer obrigatoriamente a intersetorialidade.






Programa Espaço Servidor – PESUERJ
Coordenação: Assistente Social Perciliana Rodrigues




O PROGRAMA ESPAÇO SERVIDOR DA UERJ (PESUERJ) foi implementado pela UDA de Psiquiatria em 1997, voltado ao atendimento em saúde mental do trabalhador da UERJ, contando, desde então, com equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, assistentes sociais e equipe de enfermagem. Constitui-se numa política de assistência, indicando a necessidade de investigação sobre sua demanda e fatores desencadeantes ou agravantes do adoecimento dos trabalhadores atendidos. O PESUERJ, inserido numa instituição universitária que se organiza segundo os eixos de ensino, pesquisa e extensão, deve buscar se auto-afirmar como parte de uma política institucional em saúde mental articulada à Saúde do Trabalhador, como campo de estudo e atenção em saúde, considerando o trabalhador como sujeito coletivo e histórico.

Público-alvo: Trabalhadores técnico-administrativos e docentes da UERJ.

Objetivos: Prestar atendimento de qualidade, atendendo aos trabalhadores da universidade que apresentam algum grau de sofrimento psíquico, através de uma abordagem interdisciplinar. Atuar na promoção da saúde mental dos trabalhadores, articulada intra e interinstitucionalmente.

Metodologia: O Programa atua através do atendimento ambulatorial, por demanda espontânea ou encaminhados por outros setores. São elaborados pareceres técnicos que visam complementar diagnósticos de outras especialidades ou que contribuam na vida funcional dos servidores.

Articulação dos eixos ensino-pesquisa e extensão universitária:

Atividades de ensino: Deve articular a intervenção numa perspectiva interdisciplinar e teórico-metodológica de base científica. Atividades de pesquisa: O registro, a sistematização e a investigação sobre os atendimentos da população-alvo são importantes bases de dados para elaborações de caráter acadêmico-científico. Atividades de extensão: Atuação intra e interinstitucionalmente. Como espaço de formação em extensão, oferece cursos e palestras abertas ao público em geral, centrados na temática saúde mental e trabalho.





Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência



Coordenação: Profa. Sheila Abramovitch




Em função do contexto sócioeconômico e político em que vive hoje o país, torna-se imprescindível um olhar crítico e atento às características dos diversos tecidos que constituem a complexa malha social, na busca constante de melhores padrões de vida, o que inclui a saúde mental. Tratar de crianças e jovens cm problemas de desenvolvimento e com sofrimento psíquico é uma tentativa de oferecer-lhes um outro percurso de vida, que se constitui em um ato político e social, na medida em que esse projeto tem como objetivo, além de proporcionar uma redução do sofrimento psíquico, resgatar a lugar de cidadão desses sujeitos, seja através da (re)inserção escolar, da inscrição em uma vida social normal e, em longo prazo, também profissional. Diante da especificidade dessa faixa etária, faz-se necessária a conjugação de diferentes áreas do saber, para um enfrentamento das vicissitudes inerentes a estes sujeitos infanto-juvenis.




O Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência, por meio de uma equipe muldisciplinar, trabalha com diferentes postulados teórico-práticos orientados pela psicanálise, que oferece os subsídios para se tomar a clínica da criança e adolescência como um lugar em particular. É uma prática em saúde mental que leva em conta a singularidade de cada sujeito, em um contexto sóciocultural, privilegiando-se os sintomas um a um, através de sua fala.




Modalidades de atendimento:

Triagem: porta de entrada, avaliação diagnóstica, exames complementares, encaminhamentos internos e externos e pareceres.

Ambulatório: atendimento em psiquiatria, consultas médicas, consultas terapêuticas, orientação aos pais, interconsultas (enfermarias pediátricas e Núcleo de Ensino e Saúde do Adolescente do HUPE), psicoterapia e psicanálise, atendimento aos pais.




Hospital-Dia Pedrinho: oficinas terapêuticas e grupo de pais.




Ensino e Pesquisa
Supervisão, aulas para graduação e pós-graduação (residência médica e especialização), curso de extensão em Psiquiatria da Infância e Adolescência, projeto de pesquisa vinculado a SR-3/UERJ, estágios e treinamento profissional.

Produção Científica
Participação em congressos, jornadas e fóruns de psiquiatria, psicanálise, psicologia, neuropsiquiatria, pediatria e psicopedagogia. Publicações de artigos em meios de publicações especializadas.





Setor de Psicodiagnóstico Diferencial
Coordenação: Dra. Maria do Carmo C. de Almeida Prado


No Setor de Psicodiagnóstico Diferencial atuam graduandos e residentes do Instituto de Psicologia da UERJ. A assistência é prestada a pacientes adultos e adolescentes (não muito regredidos). O processo psicodiagnóstico constitui-se, em média, de cinco sessões que consistem em entrevista, atividades e devolução dos resultados. Elabora-se um laudo técnico, entregue ao profissional que requisitou o pedido. A equipe reúne-se para supervisão, estudos dirigidos e seminários às terças-feiras, de 09h00 às 12h30 e às quintas-feiras, de 07h00 às 12h00. Os atendimentos são feitos no Ambulatório de Psiquiatria em horários previamente marcados.





Setor de Psicoterapia de Família
Coordenação: Dra. Maria do Carmo C. de Almeida Prado




No Setor de Psicoterapia de Família atuam residentes e especializandos do Instituto de Psicologia da UERJ. A abordagem é psicanalítica, sendo assistidos casais e famílias de pacientes psiquiátricos e de pacientes infantis autistas. A equipe se reúne às segundas-feiras, das 09h00 às 16h30, às terças-feiras, das 13h30 às 16h30 (pesquisa sobre autismo infantil) e às quartas-feiras, das 14h30 às 16h30 para supervisão, estudos de caso, seminários e disciplinas teóricas. Os atendimentos são feitos no Ambulatório de Psiquiatria em horários previamente marcados.




ATIVIDADES DE ENSINO




Curso de Especialização em Psiquiatria




Coordenação: Prof. Iso Jorge Teixeira



O curso visa fornecer informação teórica e prática de Semiologia, Clínica Psiquiátrica e Psiquiatria Social. Além disso, visa à formação de especialista fornecendo-lhe condições para o exercício seguro da especialidade nos aspectos clínico e preventivo, em todos os níveis, além dos aspectos forense e ético da especialidade, com ênfase nas dimensões especificamente humanas do doente mental. O curso destina-se a médicos diplomados por instituição de ensino superior oficial ou reconhecida, e alunos de medicina que venham a se diplomar até a data de matrícula do curso. Tem a duração de dois anos, perfazendo carga horária de 2.400 horas, contemplando as disciplinas de Clínica Psiquiátrica, Terapêutica-Psiquiátrica, Psiquiatria Social e Atividades Práticas. O horário é de 08h00 as 12h00, de 2ª a 6ª feira e mais uma tarde por semana no horário das 13h00 as 17h00. O local do curso é na UDA de Psiquiatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Informações podem ser obtidas na UDA de Psiquiatria através do telefone 2868-8436 ou na secretaria da Pós-Graduação da FCM/UERJ.





Equipe docente: Prof. Elie Cheniaux Jr., Prof. Jerson Laks, Prof. Luiz Augusto Brites Villano, Prof. Marcos Baptista, Prof. Max Luix de Carvalho, Prof. Miguel Chalub, Prof. Osvaldo Luiz Saide, Prof. Paulo Roberto Chaves Pavão, Prof. Roberto A. M. Piedade.